Eduardo Silva
"O que nós ouvimos, o que aprendemos, o que nossos pais nos contaram, não ocultaremos a seus filhos; mas vamos contar à geração seguinte as glórias do Senhor e os seus prodígios." [Livro dos Salmos, 78]
terça-feira, 12 de março de 2024
segunda-feira, 25 de dezembro de 2023
A MULHER MODERNA
Hoje, dificilmente uma mulher
moderna[1]
aceitará ‘passar trabalho’ ao lado do homem que ela escolheu por companheiro se
este não satisfazer todos os seus desejos e vaidades do momento, e é praticamente
impossível essa mesma mulher permanecer ao lado desse homem se a vida o colocar
numa posição de dificuldade financeira[2].
Isso, no meu julgamento, é o
resultado de um movimento (1969) que começou minando a moral, depois o sistema
de crenças, depois as regras, depois a família, culminando numa sociedade antihomem.
Também hoje é de senso comum no
universo feminino o direito que elas alegam ter de serem protegidas, mimadas e servidas por esse homem
que não pode sequer reclamar de algo[3]
que lhe é de direito[4],
porque se assim o fizer poderá responder um processo criminal caso essa ‘’deusa
rara’’ o acuse em qualquer delegacia da mulher por crime[5]
de “violência” psicológica ou coisa pior, quando na grande maioria das vezes o “crime”
que este infeliz cometeu foi o de não concordar com uma vida de mero serviçal, que tudo entrega por obrigação e tudo o que recebe, quando recebe, é por
puro favor e misericórdia desses seres de “luz”.
Nessas circunstâncias não é mais
permitido ao homem nem mesmo as condições mínimas para exercer o seu papel
humano na família e no mundo. O momento é terrível para toda humanidade, e esse
homem começou a entender que a convivência com essa mulher moderna é perigosa e
que, ao término dessa relação, na melhor das hipóteses, agradecerá aos céus se
não for preso e se puder falar com os filhos ao menos duas vezes por mês.
As mulheres observam tudo isso
como um ganho ou uma evolução, sem atinar para a realidade que grita nos
balcões das farmácias com as vendas estratosféricas de ansiolíticos, ou nos consultórios
psiquiátricos que não têm mais como atender a demanda...
O presente é desastroso e o
futuro, ao que tudo indica, será trágico, reservando para a mulher moderna uma solitude
forçada. Terão que dividir a vida com um ou dois pets, isso se não escravizarem
os próprios filhos, forçando-os assumirem o papel do companheiro, provedor, psicólogo ou coisa ainda pior, destruindo a vida dos filhos no altar do seu próprio ego, impondo-lhes o pesado fardo dos seus erros e fracassos no momento mesmo em que desfiguram a imagem do pai/homem para tornar os filhos órfãos de pai vivo.
[1] Mentalidade que obriga a mulher a disputar com o marido ao mesmo tempo de denigre o papel de auxiliadora do seu cônjuge.
[2] Segundo o psiquiatra Dr. Jorge Rodrigues a maior causa de divórcio no mundo é por questões financeiras do casal, e na maioria dos casos e a mulher quem o pede.
[3] Violência psicológica (Lei Maria da Penha) é um termo tão elástico e subjetivo que basta o cônjuge discordar da mulher em algum dos seus desejos que já incorrerá em “violência” psicológica.
[4] Respeito, fidelidade, lealdade, etc...
[5] Segundo
dados do IPEA, de todas as denúncias feitas contra o homem em delegacias das
mulheres, contatou-se que 80% delas são comprovadamente falsas, 17% não se é
possível concluir a veracidade das acusações e somente 3% são das acusações verdadeiras.
sábado, 18 de novembro de 2023
Irracionais...
Quando alguém que está dominado por suas paixões[1]
quer muito alguma coisa, ele vai se agarrar a qualquer argumento que lhe pareça
favorável para legitimar a sua vontade deliberada, mesmo que o objeto desejado seja
imoral ou perverso. E, se for necessário, até mesmo as Sagradas Escrituras, lidas
a seu modo, lhe servirão como argumento para justificar as suas decisões[2].
Nesse estado tão miserável, a
criatura se torna impermeável a qualquer argumento discordante, por mais
verdadeiro e superior que ele o seja, e não raramente o rebaterá com argumentos
puramente emocionais e subjetivos.
Alguns traços são evidentes nessas
personalidades deformadas: a falta de lógica nos argumentos, frases fora de
contexto para mudar o sentido dos fatos, irritabilidade quando suas “verdades”
são contrariadas, chantagem emocional, pensamentos obsessivos[3],
etc.
Admitamos ou não, estamos sempre
sendo tentados a servir o nosso ego, e, sinceramente, ninguém precisa ser um
psicólogo para perceber as trapaças que a mente humana usa para validar as nossas
paixões mais insanas.
Assim como as virtudes, em certo sentido, nos assemelham aos anjos, os vícios e paixões nos assemelham aos
demônios. É preciso, contudo, identificar a raiz do problema para sabermos se
podemos ajudar tal criatura ou se devemos nos afastar imediatamente.
Seja qual for o caso, podemos de
imediato rezar por essa pessoa, interceder por ela, dar bom exemplo, oferecer
sacrifício em seu favor e, se for possível, cooperar para que a ela possa ficar
frente a frente com a Verdade.
Não existe um só ato, por mais
“insignificante” que pareça, que não seja uma ocasião para nos aproximar de
Deus ou para nos afastar Dele. É no coração do homem, e não fora, que tudo está
se decidindo a cada minuto, até chegar aquele minuto que será o último da vida de cada
um de nós, e então não haverá mais tempo e nos encontraremos diante do nosso
terrível e inevitável juízo particular.
Portanto, quando perceber que
está diante de uma pessoa ignorante não a despreze, antes, busque por todos os meios possíveis convencê-la
da sua ignorância. Agora, quando perceber que está lidando com uma pessoa egocêntrica (que
se encontra na rampa do inferno), uma obstinada e idólatra do próprio ego, por
prudência, mantenha certa distância para que ela não tenha meios para te prejudicar. Mas, caso você tenha alguma responsabilidade para com ela não fique tão longe que ela não possa, por contraste, perceber a própria doença.
[1]
Paixões, não sentido cristão do terno, se refere tanto as pessoas escravizadas pelos desejos da carne, quanto as dominadas pelo ego/soberba..
[2] "A maioria das pessoas acredita que faz escolhas racionais ou até lógicas, mas, podem acreditar, a maioria das nossas escolhas são emocionais. Depois é que nós colocamos a razão para justificar nossas escolhas". (Ricardo Ventura é professor, psicanalista e cientista comportamental).
[3]
As pessoas obsessivas não
admitem sequer a possibilidade de estarem erradas.
domingo, 12 de novembro de 2023
1. Aceitará o martírio da paciência
Se você for uma pessoa piedosa, certamente se conformará com a providência divina que age em todas as circunstâncias, sem desistir de alcançar o bem desejado. Aceitará o martírio da paciência na certeza de que Deus recompensa quem não desiste. Como está escrito:
2. O desprezo dos orgulhosos
3. O ódio dos demônios
Você se desesperará e odiará com todas as suas forças esse bem que julgou impossível de alcançar, tal qual como fizeram os demônios ao adiarem Deus, ao verem que o perderam para sempre.
A questão implícita aqui é esta: em todas as circunstâncias da vida ou sairemos mártires pela paciência, ou demônios, pelo orgulho: ou humildes ou soberbos.
segunda-feira, 20 de setembro de 2021
Santo Anjo da Guarda
No ato da nossa concepção passamos a ser assistidos pelos santos anjos que cuidam do nosso país, nosso estado, da nossa cidade. Entretanto, nenhum destes santos anjos é o nosso anjo da guarda: aquele que nos acompanhará até a sepultura.
É somente no nosso batismo que recebemos a proteção de um santo anjo de forma particular e individual, que recebe de Deus a missão de nos conduzir pelo caminho do bem inspirando-nos nas virtudes e nos protegendo dos ataques do demônio.
O nosso anjo da guarda não impede que o demônio nos tente, senão naquelas tentações que estão acima das nossas forças, pondo limites nas ações demoníacas que se não fossem freadas pelo nosso santo anjo nos destruiriam facilmente. Ou seja, é pela proteção do nosso anjo da guarda, - que põe um limite nas ações dos demônios -, que temos a liberdade de escolher as coisas de Deus e rejeitar as coisas desse mundo.
No livro 'O
Combate Espiritual', no capítulo XIII, Lorenzo Scupoli ensina que o demônio,
"quando vê que resistimos valorosamente às paixões, não só deixa de
excitá-las em nosso coração, mas as extingue quando surgem, para não
adquirirmos resistência a elas e para fazer-nos cair depois nos laços da
vanglória e da soberba".
Ora, a tentação está para o nosso crescimento espiritual assim como o exercício físico está para o desenvolvimento dos músculos. Sem as tentações nossa vida espiritual se atrofiaria tal qual como um músculo que não se movimenta. É por esse motivo que o demônio cessa uma tentação quando vê que ela está nos santificando.
Como diz padre Paulo Ricardo: "Diante de uma tentação ou saímos mártires ou saímos idólatras"
Recorramos
com confiança a proteção do nosso santo anjo da guarda, que nos é um poderoso auxílio
contra os ataques do demônio e guia seguro no caminho das virtudes.
Santos anjos de Deus, rogai por nós.
Os Santos Anjos e os demônios - Pe. Douglas e Pe. José Eduardo
sábado, 17 de julho de 2021
As ciladas do demônio
“Temos por certo
que o demônio não economizará meios para fazer com que venhamos a perder nossa
salvação, e, se precisar inspirar em nós alguma devoção, ele o fará, se dela se
servir para afastar-nos da verdadeira perfeição cristã”.
Aqui, neste breve e resumido texto, pretendo destacar os pontos em comum que achei nos escritos de São Luis Maria Grignion de Montfort, na sua obra ‘Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem’; nos escritos de Lorenzo Scupoli, na sua obra ‘O Combate Espiritual’ e nos escritos de São Francisco de Sales, cuja obra chama-se ‘Filoteia’, que, de modo particular, cada um a sua maneira, nos alerta sobre um truque muito sujo do demônio para levar “santamente” muitas almas para o inferno.
Lorenzo Scupoli, por sua vez, nos ensina em que consiste a verdadeira perfeição cristã, que “não é outra coisa além do conhecimento da bondade e grandeza de Deus e da nossa nulidade e inclinação a toda a espécie de mal; a meditação da paixão de Cristo e alguma outra coisa que o Senhor quiser nos revelar”. Ensina-nos esse sacerdote que, o demônio, valendo-se dessa inclinação que temos para fazer o mal, "as vezes não somente não se opõe as nossas práticas e obras exteriores, com jejuns, terços e esmolas, como até nos proporciona praticá-las com gosto e deleite, se o nosso coração continuar esquecido e abandonado as inclinações desse demônio oculto". [...]o demônio, explica o sacerdote, "também usa do engano para sugerir-nos, nas orações, alguns pensamentos sublimes, curiosos e agradáveis, afim de que se creiam arrebatados ao terceiro céu, como São Paulo, e, persuadindo-se de que já não são deste baixo mundo, vivam numa abstração total de si mesmos e numa profunda alienação de todas aquelas coisas das quais deveriam se ocupar”.
“Temos por certo que o demônio não economizará meios para fazer com que venhamos a perder nossa salvação, e, se precisar inspirar em nós alguma devoção, ele o fará, se dela se servir para afastar-nos da verdadeira perfeição cristã”.
São Francisco de Sales, que para o meu espanto não só viveu no mesmo século (XVI) de Lorenzo Scupoli, mas também o conheceu, escreve de maneira diferente, mas sem perder a essência dessa verdade, de como é fácil para nós cair nesse truque sujo do demônio que não se opõe as práticas de alguma devoção puramente exterior se essas práticas se tornarem fins, quando deveriam ser meios poderosos e desejáveis para alcançar a perfeição cristã.
Escreve o santo:
“[...] cada um se afigura e traça a devoção, empregando as cores que lhe sugerem as suas paixões e inclinações. Quem é dado ao jejum tem-se na conta de um homem devoto, quando é assíduo em jejuar, embora fomente em seu coração o ódio oculto; e, ao passo que não ousa umedecer a língua com umas gotas de vinho ou mesmo com um pouco de água, receoso de não observar a virtude da temperança, não se faz escrúpulos de beber em largos goles tudo o que lhe insinuam a murmuração e a calúnia, insaciável do sangue do próximo”. Continua o São Francisco de Sales, “uma mulher que recita diariamente um acervo de orações se considerará devota, por causa desses exercícios, ainda que, fora deles, tanto em casa como em qualquer outro lugar, desmande a língua em palavras coléricas, arrogantes e injuriosas.”
São Luis Maria Grignion de Montfort, na sua obra “O Tratado da verdadeira Devoção à Santíssima Virgem’, no número 97 escreve:
“Os devotos presunçosos são pecadores abandonados as suas paixões, ou amantes do mundo, que, sob um belo nome de cristãos e devotos da Santíssima Virgem, escondem ou o orgulho, ou a avareza, ou a impureza, ou a embriagues, ou a cólera, ou a blasfêmia, ou a maledicência, ou a injustiça, etc; que dormem placidamente em seus maus hábitos, sem se violentar muito para se corrigir, alegando que são devotos da Virgem; que prometem a si mesmos que Deus lhes perdoará; que não hão de morrer sem confissão, e não serão condenados porque recitam seu terço, jejuam aos sábados, permanecem à confraria do santo Rosário ou do escapulário, ou alguma congregação, porque trazem consigo o pequeno hábito ou a cadeiazinha da Santíssima Virgem, etc.”
Como vemos nas palavras
de Lorenzo Scupoli, São Francisco de Sales e São Luis Maria Grignion de Montfort,
a maioria de nós têm um vago ou nenhum conhecimento do que é realmente e em
que consiste a verdadeira perfeição cristã. Essa ignorância, que é muito bem
aproveitada pelo demônio para nos levar “santamente” para o inferno, tanto mais
é danosa quanto mais depositamos nossas esperanças nas consolações e práticas puramente exteriores, enquanto o coração (o nosso interior) mostra-se complacente para com nossas más inclinações. Fica evidente, nestes casos, que estamos colocando nossas esperanças em nós mesmos e nas nossas obras exteriores, e não na bondade e misericórdia de Deus.
Pode ser que seja dessa imperfeição, ou de muitas outras, que nasça a crítica da maioria dos católicos modernistas no tocante as missas tradicionais rezadas em latim, por exemplo, - e não sem alguma parcela de razão -, alegando esses que muitos ali fiam-se nas práticas puramente exteriores, enquanto o coração está fechado para a caridade.
Certamente esses críticos falam dessa armadilha que os padres e santos da igreja já de há muito nos alertaram. Mas, entretanto, eu particularmente fico na dúvida se essa crítica que os modernistas fazem é movida pela caridade cristã ou pelo demônio, que já incutiu em muitas almas relaxadas uma aversão por qualquer expressão externa de piedade e de devoção cristã.
Não deveria ser necessário lembrar que os padres e santos da Igreja, desde muitos séculos, ensinam que “as práticas exteriores são meios poderosíssimos para conquistar a verdadeira perfeição cristã e o verdadeiro progresso espiritual, quando usados com prudência e discrição; para adquirir força e vigor contra a própria malícia e fragilidade, para defender-se dos assaltos e tentações do nosso inimigo comum e, enfim, para obter a misericórdia divina e os auxílios e socorros que são necessários a todos os que exercitam nas virtudes e, particularmente, aos iniciantes”.
Em suma, são muitos os assaltos do demônio, que não perde uma oportunidade de virar o jogo e nos roubar, até mesmo quando praticamos alguma coisa boa e com reta intenção.
Em nosso combate, que se inicia a cada dia no momento em que acordamos, tenta o demônio roubar qualquer boa intensão que temos para aquele dia; quando não consegue, visa então impedir que enxerguemos os meios disponíveis que favorecem a realização desses bons propósitos; não conseguindo roubar-nos os bons propósitos para aquele dia e não conseguindo impedir que vejamos os meios disponíveis para realizar as coisas que agradam a Deus, este ser imundo apela para a procrastinação, sugerindo-nos que deixemos para amanhã as nossas obrigações do hoje.
"[...] lembra-te também que aquele que te dá a manhã não te promete a tarde, e ao dar-te a tarde não te assegura a noite". (Lorenzo Scupoli)
Se, pela graça de Deus, depois de todos esses ataques do demônio, conseguimos nos manter firmes no propósito de fazer aquelas boas obras que não apenas são de nosso dever de estado, mas para aquele dia, esse ser imundo, que nunca se dá por vencido, nos inspirará com pensamentos de vanglória, insinuando que somos bons e autossuficientes, ou algo do tipo...
Um eficaz remédio para esse "último" ataque, é meditarmos da seguinte forma: “Senhor, se fiz algo de bom foi por tua graça e vontade. Sei que o que fiz é incompatível com o tamanho da graça recebida para tal feito, “mas recebei, Senhor, como um gesto de amor, tudo aquilo que eu puder Vos ofertar”.
Eduardo Silva
17.07.2021
segunda-feira, 31 de maio de 2021
Ortodoxia morta
quarta-feira, 5 de maio de 2021
Reciprocidade
MARÇO DE 2021
Paulo Freire
ESCRITO POR EDUARDO SILVAABRIL DE 2021